terça-feira, 5 de agosto de 2008


A Historia do Reggae Music


Reggae - período jurássico
Num dos capítulos mais vergonhosos da história mundial, cerca de 400 milhões de africanos foram arrancados de seu continente para trabalhar como escravos na Europa e nas Américas.
Essa mão de obra barata e qualificada foi de extrema importância para a Jamaica. A ilha recebeu sua primeira leva de escravos em 1509, quinze anos depois de ser descoberta por Cristóvão Colombo, a população indígena nativa tinha sido dizimada em poucos anos. Os novos moradores chegaram trazendo cultura e cânticos próprios. Do cruzamento de sua músicas com as tradicionais canções de pirata nasceu a primeira identidade músical da Jamaica: o mento.
Já nos anos 50, a Jamaica escuta mento associado ao calipsoe às steel drums de Trinidad; os mais jovens preferiam curtir rhythm`n`blues americano, captado através de rádios de alta potência. Os clubes populares, por sua vez, promovem bailes com big bands nativas, em que se destacam o trombonista Don Drummond e o guitarrista Ernest Ranglin, trazendo um repertório com muito Duke Ellington, Glen Miler e outros sultões do swing. Neste cenário marcado pela diversidade musical fermentam as mudanças que sacudiram a Jamaica.
A primeira delas : na metade dos anos 50, patrícios mais espertos trocam as bandas pela música mecânica. Nome de dois deles: Clement Coxsone Dodd e Duke Reid, donos dos primeiros sound shystems (uma espécie de discoteca ambulante). O repertório de suas festas é pinçado dos melhores lançamentos de rhythm`n`blues nos Estados Unidos. Quem tem os discos mais caros ganha a preferência do povão. Houve muito branquinho, como Chris Blackwell, futuro patrão de Bob Marley, que faturou muito dinheiro com viagens aos EUA à cata de vinis raros de cantores americanos. Um caso parecido com o que ocorre hoje em dia no Maranhão, marcado pelo império das radiolas.
Coxsone Dodd e Duke Reid viram lendas vivas dos estúdios jamaicanos. Reid funda a Trojan Records, pela qual lança artistas do quilate de Alton Ellis, Parangons e Melodians. Dodd torna-se dono do Studio One, celeiro dos maiores artistas de reggae de todos os tempos (equivalente a Motown para a música negra americana). Pelo Studio One passam Wailers, Burnig Spear, Dennis Brown e até Inner Circle que tocam na gravação de "Cherry Oh Baby", de Eric Donaldson, mais tarde coverizada pelos Rolling Stones). Lá também se formam profissionais técnicos de boa cepa. Um deles, o engenheiro de som Osbourne Ruddock, mais conhecido nas quebradas de Kingston como King Tubby, cria o dub apartir de experiências com singles de sucesso. Tubby "entorta" as canções, dando peso para o baixo, entupindo tudo com eco e outros efeitos.
As brincadeiras de Tubby se estendem à platéia dos sound systens. Ele resolve abrir o microfone para um cara mais abusado mexer nas rimas e mandar seu recado para o povão. O melhor desta função, que leva o nome de DJ (apesar de não bater com o sentido usual do termo disc-jockey), é U-Roy. Hoje, herdeiros mais famosos do pioneirismo de gravadas, abusando das rimas e do senso rítmico, foi o que deu origem, nos EUA da década de 70, ao hip hop.
Muito antes disso, em 1956, Prince Buster outra cria de Coxsone Dodd, havia se associado ao guitarrista Jah Jerry para inventar um vovo estilo de som: o ska, que nada mais é que uma pajelança dos estilos musicais que baixavam na Jamaica ano após ano. O jeitão de Jerry tocar guitarra - o famoso tchaca tchaca, ritmo que imbala a independência da ilha depois de anos de sob jugo da Inglaterra. O ska ainda produz um novo tipo de consumidor: os rude boys, delinquentes saídos do interior da Jamaica direto para as favelas de lata de Kingston.
O sacolejo envolvente do ska impulsiona vários artistas novos.
Em 1962, Jimmy Cliff, então com 14 anos, emplaca seu primeiro hit. Surge um Toots & The Maytals, ainda engatinhado. Os Skatalites, de formação jazzística, brilham em temporadas solo ou como músicos de estúdio, no reino de Coxsone Dodd. O novo ritmo nem havia esquentado o salão quando entra em cena o rock stead, que adiciona a batida rock ao tchaca tchaca do ska. De curta duração, porém intenso brilho - revela ao mundo os talentos de Desmond Dekker e Millie Smal, entre outros - o reinado do rock stead marca o último suspiro d genealidade de Duke Reid
A música jamaicana dá sua grande e definitiva virada no final dos anos 60. Quem a faz é Lee Perry, outro chapeleiro louco saído dos domínios de Coxsone Dodd. Perry desacelera a batida do ska. Emprega um bando de músicos locais, desconhecidos e doidos para se enfurnar em um estúdio. Podemos destacar dessa leva o baterista Leroy "Horsemouth" Wallace, um dos melhores ritmistas de todos os tempos, e os Hippy Boys, formado pelos irmãos Aston e Carlton Barret (respectivamente, baixo e bateria). Caso voce goste de lendas, eis a melhor delas para justificar o nascimento do reggae: houve na Jamaica um verão escaldantee, com pena do povo que se desidratava ao dançar, os músicos decidiram aliviar e tocar o ska mais devagarinho. Nascia uma música que iria ganhar o mundo.
O termo reggae foi usado pela primeira vez por Toots & The Maytals na música "Do the Reggay" em 1968.
Na década de 60, a Jamaica se fascina pelo rastafarismo, filosofia que prega a volta dos negros para a África, a negação de todos os prazeres do mundo moderno (chamado de Babilônia) e a abstenção da carne. Os rastas acreditavam que o então imperador da Etiópia, Hailé Selassié, é a nova encarnação do Messias. Com a visita do líder à ilha, em 1966, a seita faz a cabeça dos rude boys.
As canções reggae já tinham a preocupação de passar mensagens ou, pelo menos, de ser registros de cunho jornalístico, fazia-se a música até para denunciarum carregamento de farinha envenenada. Com a popularização do rastafarianismo, mais e mais letras passam a ganhar tons místicos. A associação entre o gênero e a filosofia jamais significou, porém, que todo reggae tivesse de louvar Jah ou desancar a Babilônia.
Não demorou para o ritimo virar produto de exportação. Em 1968, Desmond Dekker emplaca o hit "Israelites" nas paradas inglesas; o diretor de cinema Perry Henzel disseca a crueza do gueto em The Harder They Come, cuja estrela principal é Jimmy Cliff. O cantor americno Johnny Nash grava "I Can See Clearly Now"; Ken Booth galga os playlists do Reino Unido com "Every I Own", versão do sucessodo Bread (que Boy George regravaria). O reggae vira até jingle político: os socialistas vencem eleições graças aos trinados de Delroy Morgan em "Better Days Must Come".
Num dos capítulos mais vergonhosos da história mundial, cerca de 400 milhões de africanos foram arrancados de seu continente para trabalhar como escravos na Europa e nas Américas.
Essa mão de obra barata e qualificada foi de extrema importância para a Jamaica. A ilha recebeu sua primeira leva de escravos em 1509, quinze anos depois de ser descoberta por Cristóvão Colombo, a população indígena nativa tinha sido dizimada em poucos anos. Os novos moradores chegaram trazendo cultura e cânticos próprios. Do cruzamento de sua músicas com as tradicionais canções de pirata nasceu a primeira identidade músical da Jamaica: o mento.
Já nos anos 50, a Jamaica escuta mento associado ao calipsoe às steel drums de Trinidad; os mais jovens preferiam curtir rhythm`n`blues americano, captado através de rádios de alta potência. Os clubes populares, por sua vez, promovem bailes com big bands nativas, em que se destacam o trombonista Don Drummond e o guitarrista Ernest Ranglin, trazendo um repertório com muito Duke Ellington, Glen Miler e outros sultões do swing. Neste cenário marcado pela diversidade musical fermentam as mudanças que sacudiram a Jamaica.
A primeira delas : na metade dos anos 50, patrícios mais espertos trocam as bandas pela música mecânica. Nome de dois deles: Clement Coxsone Dodd e Duke Reid, donos dos primeiros sound shystems (uma espécie de discoteca ambulante). O repertório de suas festas é pinçado dos melhores lançamentos de rhythm`n`blues nos Estados Unidos. Quem tem os discos mais caros ganha a preferência do povão. Houve muito branquinho, como Chris Blackwell, futuro patrão de Bob Marley, que faturou muito dinheiro com viagens aos EUA à cata de vinis raros de cantores americanos. Um caso parecido com o que ocorre hoje em dia no Maranhão, marcado pelo império das radiolas.
Coxsone Dodd e Duke Reid viram lendas vivas dos estúdios jamaicanos. Reid funda a Trojan Records, pela qual lança artistas do quilate de Alton Ellis, Parangons e Melodians. Dodd torna-se dono do Studio One, celeiro dos maiores artistas de reggae de todos os tempos (equivalente a Motown para a música negra americana). Pelo Studio One passam Wailers, Burnig Spear, Dennis Brown e até Inner Circle que tocam na gravação de "Cherry Oh Baby", de Eric Donaldson, mais tarde coverizada pelos Rolling Stones). Lá também se formam profissionais técnicos de boa cepa. Um deles, o engenheiro de som Osbourne Ruddock, mais conhecido nas quebradas de Kingston como King Tubby, cria o dub apartir de experiências com singles de sucesso. Tubby "entorta" as canções, dando peso para o baixo, entupindo tudo com eco e outros efeitos.
As brincadeiras de Tubby se estendem à platéia dos sound systens. Ele resolve abrir o microfone para um cara mais abusado mexer nas rimas e mandar seu recado para o povão. O melhor desta função, que leva o nome de DJ (apesar de não bater com o sentido usual do termo disc-jockey), é U-Roy. Hoje, herdeiros mais famosos do pioneirismo de gravadas, abusando das rimas e do senso rítmico, foi o que deu origem, nos EUA da década de 70, ao hip hop.
Muito antes disso, em 1956, Prince Buster outra cria de Coxsone Dodd, havia se associado ao guitarrista Jah Jerry para inventar um vovo estilo de som: o ska, que nada mais é que uma pajelança dos estilos musicais que baixavam na Jamaica ano após ano. O jeitão de Jerry tocar guitarra - o famoso tchaca tchaca, ritmo que imbala a independência da ilha depois de anos de sob jugo da Inglaterra. O ska ainda produz um novo tipo de consumidor: os rude boys, delinquentes saídos do interior da Jamaica direto para as favelas de lata de Kingston.
O sacolejo envolvente do ska impulsiona vários artistas novos.
Em 1962, Jimmy Cliff, então com 14 anos, emplaca seu primeiro hit. Surge um Toots & The Maytals, ainda engatinhado. Os Skatalites, de formação jazzística, brilham em temporadas solo ou como músicos de estúdio, no reino de Coxsone Dodd. O novo ritmo nem havia esquentado o salão quando entra em cena o rock stead, que adiciona a batida rock ao tchaca tchaca do ska. De curta duração, porém intenso brilho - revela ao mundo os talentos de Desmond Dekker e Millie Smal, entre outros - o reinado do rock stead marca o último suspiro d genealidade de Duke Reid
A música jamaicana dá sua grande e definitiva virada no final dos anos 60. Quem a faz é Lee Perry, outro chapeleiro louco saído dos domínios de Coxsone Dodd. Perry desacelera a batida do ska. Emprega um bando de músicos locais, desconhecidos e doidos para se enfurnar em um estúdio. Podemos destacar dessa leva o baterista Leroy "Horsemouth" Wallace, um dos melhores ritmistas de todos os tempos, e os Hippy Boys, formado pelos irmãos Aston e Carlton Barret (respectivamente, baixo e bateria). Caso voce goste de lendas, eis a melhor delas para justificar o nascimento do reggae: houve na Jamaica um verão escaldantee, com pena do povo que se desidratava ao dançar, os músicos decidiram aliviar e tocar o ska mais devagarinho. Nascia uma música que iria ganhar o mundo.
O termo reggae foi usado pela primeira vez por Toots & The Maytals na música "Do the Reggay" em 1968.
Na década de 60, a Jamaica se fascina pelo rastafarismo, filosofia que prega a volta dos negros para a África, a negação de todos os prazeres do mundo moderno (chamado de Babilônia) e a abstenção da carne. Os rastas acreditavam que o então imperador da Etiópia, Hailé Selassié, é a nova encarnação do Messias. Com a visita do líder à ilha, em 1966, a seita faz a cabeça dos rude boys.
As canções reggae já tinham a preocupação de passar mensagens ou, pelo menos, de ser registros de cunho jornalístico, fazia-se a música até para denunciarum carregamento de farinha envenenada. Com a popularização do rastafarianismo, mais e mais letras passam a ganhar tons místicos. A associação entre o gênero e a filosofia jamais significou, porém, que todo reggae tivesse de louvar Jah ou desancar a Babilônia.
Não demorou para o ritimo virar produto de exportação. Em 1968, Desmond Dekker emplaca o hit "Israelites" nas paradas inglesas; o diretor de cinema Perry Henzel disseca a crueza do gueto em The Harder They Come, cuja estrela principal é Jimmy Cliff. O cantor americno Johnny Nash grava "I Can See Clearly Now"; Ken Booth galga os playlists do Reino Unido com "Every I Own", versão do sucessodo Bread (que Boy George regravaria). O reggae vira até jingle político: os socialistas vencem eleições graças aos trinados de Delroy Morgan em "Better Days Must Come".

Pablo Gad





Pablo Gad é considerado um dos melhores cantores de reggae da Inglaterra (UK) .Um cantor miliante,compositor,´´Dub Man´´ e vocalista das raízes culturais da música reggae.
Ele cantou, fez deejay e produziu o seu próprio trabalho, desde o início dos anos 80's.
Pablo Gad é como Jah Shaka um caráter misterioso,e um dos artistas dos mais talentosos do Reino Unido. Pablo deu forma á uma divisão dos cantores dos mais virulentos e dos mais acoplados do reggae das raizes da cena do Reino Unido. Começou sua carreira no final dos anos 70 's assinando seu primeiro LP "Blood Suckers"(que pode-se encontrar sob um outro nome: Trafalgar Square").
Em 1978 Gad ingressou no"Zion Steppers", quem dá forma à uma das partes do centro do reggae na Inglaterra .Ele lançou então: Hard Times (1980),The Best Of Pablo Gad (77 - 80) disco no qual compilou seus melhores títulos com uma versão discomix, Life Without Dead, Don't Push Jah (2003) disco altamente recomedado.Pablo Gad é um "Bad Man" (homem de negócios da erva), e remanesce como um dos grandes artistas de reggae ingles..
Discografia *
1979 "Trafalgar Square"
1978 "Blood Suckers"
1981 "Hard Times" "Don't Push Jah" Label:
1980 "Life Without Death" Reggae On Top
Compliations
"The Best Of Pablo Gad" [1977-80]
Productions Pablo Gad - Hard Times
[1980] Pablo Gad - The Best Of Pablo Gad

Reggae pelo Mundo

Iya Karna

O cantor e compositor de reggae Iya Karna nasceu na Suécia.Em 1985 Iya Karna viajou á Jamaica para promover seu conhecimento de Rastafari. Veio viver na cidade de St Anns Bay, a cidade natal de grandes lutadores da liberdade como Marcus Garvey e Burning Spear. Sua faculdade criadora musical foi logo agitada e veio a escrever suas primeiras canções de reggae na praia de Key Largo, junto com os cantores de harmonia e ex membros do Burning Spear, Rupert Willington e Delroy Hines. Conduziu as sessões nos estúdios Aquarius Studios em Kingston onde sua primeira liberação,´´Next Shot´´ , foi gravada com Leroy Horsemouth Wallace (do filme Rockers) na bateria e Earl ´´Bagga´´Walker no baixo. Quando foi liberado na Jamaica atraiu alguma atenção devido a sua liberação que precedeu o assassinato do primeiro ministro sueco Olof Palme. Durante estas gravações Iya Karna mudou-se para Kingston onde encontrou o percussionista dos Wailers, Alvin ´´Seeco´´ Patterson. Quando os Wailers ouviram canções de Iya Karna responderam positivamente para gravar um álbum,que veio a ser chamado chamado ´´Inkarnation´´, com ele nos estúdios de Tuff Gong de Bob Marley. Dez canções foram gravadas com os legendários irmãos Barrett no baixo e na bateria,Earl “Wya” Lindo nos teclados, Earl “Chinna” Smith na guitarra assim como as ´´sisters´´ Judy Mowatt e Marcia Griffiths, do trio vocal de harmonia de Bob Marley. O álbum foi terminado e liberado em 1998 na Rub A Dub Studios em Estocolmo, Suécia, pelo produtor/dubmixer Internal Dread.Esse álbum viria a ser um dos últimos trabalhos do lendário baterista Carlton ´´Carlie´´Barrett,assassinado um pouco depois. Iya Karna foi um dos fundadores do Heartbeat Club em Estocolmo assim como o fundador do circuito escandinavo do reggae, trazendo numerosos artistas internacionais do reggae á Escandinávia durante o final dos anos 1980 e começo dos anos 1990 incluindo The Itals,Third World,Culture,Ijahman Levi,Steel Pulse,Mystic Revealers,Iqulah Rastafari e muitos mais. Iya Karna está dirigindo atualmente a Lions From The North, uma organização que promove a doutrina de Rastafari nos países nórdicos. Agora em 2008 está liberando seu segundo álbum,Revolution in Dub,também nos estúdios Rub A Dub..
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Discos:
Inkarnation-1988
Revolution In Dub-2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Roots Man

Todo Sabado vc escuta o melhor do Roots Reggae no Bar Teatro Coisas de Negro, a vibe é das melhores, Confira!!!
jah bless all!!